Dissertando

 
Os textos dessa parte do Blog são escritos semanalmente ou quinzenalmente pelo Publicitário André Nunes Bueno.

Biografia: "Eu sou o André, ou @dedenb. Um redator publicitário um tanto quanto maluco, pau pra toda obra e com uma curiosidade além do comum"

Blog do autor: http://mostresuaideia.blogspot.com/ / @mostresuaideia

O Real Significado da Persuasão

Quando a gente entra no curso de Publicidade e Propaganda, os professores já começam o processo de “teorização”, onde apresentam os seus conteúdos programáticos com os respectivos autores que utilizarão. No primeiro período eu tive uma professora chamada Lygia Muniz, uma senhora muito esperta, inteligente e com uma carga teórica muito avançada. Lygia, observando que calouros sempre são empolgados, conduziu uma matéria cujo um dos itens apresentados seria a persuasão.

Ela me disse que não existe propaganda eficiente sem persuasão, isso é fato. Não tem como você tornar algo atrativo, mercadologicamente falando, sem utilizar uma comunicação adequada, chamativa e provocativa. No entanto, o que quero propor é não nos limitarmos ao ambiente acadêmico e propor uma expansão de horizontes. Qual é o real significado da palavra “persuasão” em nosso cotidiano? É isso que quero discursar de uma forma bem despojada, pois isso também é comunicação.

Vamos forçar a mente em uma viagem no tempo. Voltemos ao berço, quando você ainda era um neném e não conseguia se comunicar direito com seus pais e eles, sempre muito atenciosos, se esforçavam o máximo para entender o que você queria. Persuasão exige argumento, e você tinha. Ou seja, você chorava. Não é uma maneira muito agradável de conseguir o que quer, mas dava certo. E você utilizou essa tática durante muito tempo, até você aperfeiçoar a sua fala e perder a sua principal arma até então.

Quando você cresce, alcança a adolescência e começa a namorar, você começa a usar muito a persuasão. No meu caso, por exemplo, a persuasão passou longe das minhas aventuras amorosas. Sempre muito tímido no quesito “amor”, essa ferramenta não foi muito trabalhada por mim. Já nos casos dos meus amigos “garanhões”, foi de grande uso. Foi na minha juventude, vendo-os em ação, que descobri que persuasão é a sua namorada te ver beijando uma menina e você convencê-la de que não estava.

Você tirou a carteira de motorista e está super feliz. Decide ir na "Rua da Lama" exibir a sua habilidade de condutor. Todos (a) na rua te olham com cara agradável, agora você está motorizado. Está tudo muito bom, até o momento em que sua atenção se foca no rebolar do quadril da ninfetinha do cursinho e, sem querer, seu Gol 1993 bate na traseira do Civic da frente. Você sai do carro, ele também, e começam uma longa conversa e você, com a sua persuasão e o consentimento do guarda de trânsito, consegue colocar a culpa do acidente no homem e ainda fazer com que ele pague o conserto do seu golzinho.

Utilizar a persuasão de forma criativa tem muitos benefícios, que vão desde fazer aquela menina linda te dar um beijo, até fazer várias campanhas serem aceitas e, assim, você conseguir aquela tão desejada efetivação no seu trabalho. Persuasão, quando usada da maneira correta e no momento certo, só tem a acrescentar. Se não ajudar no âmbito profissional, no mínimo vai ser útil pra contar história para os amigos.

Como o empirismo e a experimentação não contribuíram em nada para o meu aprendizado, tudo o que aprendi foi na base da observação. Com todo um aparato persuasivo teórico fresquinho em minha mente e com uma imaginação fora do comum, decidi tentar utilizar isso em coisas mais palpáveis e criativas. Entrei no curso de Publicidade e Propaganda. Super criativo, hã?

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